.

Acessibilidade

Aumentar Fonte
.
Diminuir Fonte
.
Fonte Normal
.
Alto Contraste
.
Libras
.
Vlibras

O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras

Mapa do Site
.
Acesso à informação
.

Segunda-feira a Sexta-feira das 08:00 às 17:00

Idioma

Português

English

Español

Francese

Deutsch

Italiano

Assistência Social - Quarta-feira, 23 de Abril de 2025

Buscar Notícia

Notícias por Categoria

2ª Reunião de Comissão de Combate ao Uso de Drogas avança com depoimentos de familiares

2ª Reunião de Comissão de Combate ao Uso de Drogas avança com depoimentos de familiares


Na manhã desta quarta-feira, 23 de abril, a Comissão de Prevenção, Conscientização e Combate ao Uso de Drogas se reuniu para dar continuidade aos trabalhos. Em sua segunda reunião, a Comissão ouviu familiares de dependentes químicos ao longo desta manhã. 

Participação e colaboração na Comissão

Durantes quase 3 horas, eles relataram as dificuldades apresentadas pelas famílias dos usuários, mostrando as particularidades de cada caso, experiências de internações, histórico de medicações, dentre outros aspectos.
Conduzidos pelos membros da comissão Luiz Salata, Sônia Guerra e Sandro Pires e acompanhado da vereadora Lucimara Batista, do voluntário Sidicrei Aparecido de Jesus e dos assessores parlamentares Emerson Martins Amin Junior e Marcelo Pozati, os depoimentos foram coletados e mantidos sob sigilo da comissão.

Sigilo das informações prestadas 

Inicialmente, Salata reafirmou o compromisso da comissão em fiscalizar os processos de internação, ressocialização e suporte aos usuários de entorpecentes. Disse ainda que todas as informações prestadas são de caráter sigiloso e que, portanto, não serão divulgadas a sociedade, mantendo a discrição das identidades de todos os envolvidos.

1º depoimento - dificuldade com álcool

A primeira depoente trata-se de uma mulher de 58 anos, que se autointitula como adicta em tratamento, isto é , dependente químico em processo de tratamento. Ela relata que seu contato com o álcool, seu vício, iniciou-se com cerveja e que foi usado como refúgio para a perda de empregos e morte de entes queridos. 

A mesma, com a ajuda de voluntários, internou-se voluntariamente por quase 6 meses em 2022 e, desde então, segue sua luta em busca da sobriedade. Relata ainda que a luta é diária ,  que a vontade existe, independentemente de qualquer coisa e que o processo de internação foi demorado, na época, tendo que esperar por meses até conseguir uma vaga pra tratamento de seu vício.

2º depoimento -  depressão e vício em entorpecentes

A segunda pessoa a prestar depoimento foi uma mãe de um usuário de drogas. Seu filho, de 43 anos, possui um histórico de diversas internações e , atualmente, o mesmo aguarda uma vaga para internação em clínicas de reabilitação. A mãe relata que o filho é depressivo desde a infância, o que dificulta o tratamento das drogas. 

O filho, que  já foi internado voluntariamente  por 4 vezes , em clínicas das cidades de Tabapuã, Jaci e Pirajuí , começou usando maconha e depois progrediu para cocaína e crack. A mãe informa que durante as internações  as clínicas oferecem atividades como terapia ocupacional, artesanato , etc para mobilizar os pacientes , o que julga muito importante no tratamento. O filho da depoente faz uso de remédios para o tratamento em casa , porém , de acordo com a mãe, somente a internação traria resultados significativos no tratamento. A depoente pede um apoio maior do CAPS da cidade de Olímpia, sugerindo que as internações sejam mais ágeis , que exista um acompanhamento mais próximo e humanizado de psiquiatras e psicólogos.

3º depoimento - esposa com marido portador de esquizofrenia

A terceira pessoa a depor trata-se de uma mulher idosa , que tem o marido portador de esquizofrenia e bipolaridade. O marido, de 66 anos e diagnosticado há 34 anos , é aposentado desde os 35. A depoente relata muitas dificuldades  no convívio com o marido , tendo que se isolar em muitos momentos para não ser agredida pelo doente. A mulher, que já foi agredida pelo cônjuge , necessita de uma carta de internação para o marido. No entanto, até o presente momento a mesma não conseguiu o documento.

4º depoimento - dois casos de dependência química na família

A quarta pessoa a depor à Comissão , possui 60 anos e tem na família dois casos de dependência química: o filho, de 40 anos e que se encontra em processo de recuperação, e o neto , de 20 anos. Segundo a avó , o neto , que teve seu contato com as drogas iniciado aos 16 anos, necessita de uma internação compulsória de pelo menos 6  meses. 
No entanto, de acordo com a lei federal 13.840, o prazo máximo para este tipo de procedimento é de 90 dias. O próprio dependente acredita que a sua internação deve ser feita de maneira compulsória , pois aí não tem-se a opção de sair e interromper o tratamento. 

A mesma relata que o neto já se internou voluntariamente 3 vezes no hospital Mahatma Gandhi, em Catanduva, e que , no momento , ele se encontra internado nesse mesmo hospital.
Informa ainda que o usuário, quando está em casa,  não toma os medicamentos devidos com a regularidade , comprometendo assim o tratamento. A mãe do neto da depoente, também é usuária de entorpecentes, dificultando ainda mais o cenário apresentado. A avó descreve ainda que as visitas são feitas , atualmente, uma vez por mês, em veículo próprio do município. A mesma pede que as autoridades municipais liberem a condução aos familiares pelo menos de 15 em 15 dias , pois acredita que a presença da família é muito importante no tratamento, dando apoio e suporte aos usuários.

5º depoimento - mãe pede ajuda para filho álcoolatra

A última pessoa a prestar depoimento é mãe de um jovem de 27 anos. O fiho , que possui dependência de álcool, já ficou internado 28 dias, em Catiguá. No entanto, por tratar-se de uma internação voluntária, o mesmo optou por sair do processo de reabilitação. A mãe pede que seja emitido um laudo atestando que seu filho é alcoólatra e um pedido de internação compulsória por parte do médico responsável.

Providências para os próximos encontros

Após a conclusão dos depoimentos , a comissão elencou pontos a serem debatidos nas próximas reuniões e traçou algumas estratégias a serem seguidas. Em consonância , foi apontada a necessidade de  que o estado e a união devem se responsabilizar solidariamente com a causa, dividindo assim os ônus dos processos de internação. A pequena quantidade de vagas do Sus na DRS de Barretos , a qual Olímpia faz parte , também foi entendida como uma necessidade urgente.

Também foi sugerido que  sejam estudadas as funções do CAPS, para entender melhor como propor melhorias no serviço prestado. O aumento do número de visitantes e da frequências destas visitas foi sugerido , assim como a qualificação e aumento do número  de profissionais de saúde ligados ao tema .  Por fim , entendeu-se como devido o convite a representantes do poder público para comparecer às próximas reuniões e somar esforços nessa luta.

 

597 Visualizações

Notícias relacionadas

Voltar para a listagem de notícias

.
.

Calendário de eventos

.
.

Acompanhe-nos

.
.

Câmara Municipal de Olímpia - SP.
Usamos cookies para melhorar a sua navegação. Ao continuar você concorda com nossa Políticas de cookies e Termos e condições gerais de uso.