Caos na telefonia celular foi amplamente discutido em Sessão Técnica

Obras - Quinta-feira, 19 de Maio de 2011


Caos na telefonia celular foi amplamente discutido em Sessão Técnica
A polêmica sessão técnica que discutiu o caos na telefonia celular em Olímpia aconteceu na noite de ontem na Câmara Municipal de Olímpia. Com a presença de técnicos, diretores, gerentes, engenheiros e advogados representantes das operadores e do PROCON municipal. No final da gestão de oito anos do ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro (PMDB) foi criada a Lei nº 3.330 de 03 de Dezembro de 2008, que impede a instalação do princípio básico da telefonia celular: torres a cada 500 metros formando ‘células’. Lei defendida pelo então líder, vereador reeleito João Magalhães (PMDB), e por algumas munícipes que diziam que torre de celular ‘dá câncer’. O 2º secretário, vereador Guto Zanette (PSB) abriu os trabalhos da noite em nome do presidente Toto Ferezin. Passando a palavra ao vereador Luiz Antonio Moreira Salata (PP) que conduziu os debates e explicações. Além destes vereadores, Aguinaldo Moreno – Lelé (DEM) também participou da sessão. O diretor do PROCON local, Leonardo Simões, mostrou que, desde 2009, as operadoras de celular estão no topo das reclamações em Olímpia. Em 2009, a campeã era a Claro, seguida da Vivo e, depois da TIM e, totalizadas, representavam 40% das reclamações da área de Serviços Essenciais. No ano seguinte, 2010, a Vivo passou a liderar, seguida da Claro, a Oi e, por fim, a TIM, mas o percentual aumentou: 50% das reclamações. Em 2011, até maio, as reclamações dos olimpienses envolvendo as operadoras Claro, TIM, Oi e Vivo, respectivamente, atingem 80% do PROCON local. “O vendedor promete mundos e fundos a respeito do aparelho que está vendendo e dos serviços de cada operadora, mas na prática existe uma grande decepção do consumidor que, às vezes compra o aparelho em outra cidade, como Rio Preto, e ao chegar na cidade, nem encontra o sinal para falar”, disse Leonardo Simões. Dos convidados presentes das operadoras Vivo, Claro, TIM e Oi, falaram Vanessa Reis Leite, engenheira de telecomunicações, e o engenheiro João Paranhos explanaram sobre o assunto. Ela explicou como são feitos os laudos radiométricos, mais para segurança da população do que, propriamente, para evitar riscos à saúde, mantendo assim as radiações eletromagnéticas dentro dos parâmetros exigidos por lei. A engenheira deixou claro que as emissões das antenas de celulares são não-ionizantes, ou seja, não penetram na pele, ao contrário do Sol que pode causar câncer de pele. Além disso, a potência de energia é baixíssima e inofensiva. Por sua vez, João Paranhos explicou como funcionam as antenas e, se a cidade não as tiver em número suficiente, nos horários de pico realmente algumas pessoas ficarão sem conseguir o sinal. Os alunos da ETEC se interessaram pelo assunto e fizeram muitas perguntas. “É claro que a operadora quer estender o seu sinal para todo mundo, mas, no caso de Olímpia, a Vivo esbarra na legislação de ocupação do solo das antenas”, explicou o engenheiro. Paranhos explicou que ele, e os demais convidados, deixaram para os vereadores exemplos de legislação que estão dentro das normas exigidas pela Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações, da saúde pública e do bom senso, evitando, como já foi bastante difundido antes da aprovação da lei retrógrada 3.330/08, o efeito paliteiro, ou seja, a mesma antena pode ser utilizada por todas as operadoras, evitando o visual ‘carregado e feio’ das antenas em cima dos prédios e espalhadas pelos terrenos. Durante a sessão, o secretário de Obras confessou: “Aquele foi um momento de emoção, de transição, não tivemos a chance de ter um debate como este de hoje, mas sempre é tempo de renovar”, enfatizou Gilberto Tonelli Cunha. Após os debates, a sessão técnica foi encerrada pelo vereador Guto Zanette. “Eu como vereador, representante do povo, sou cobrado quanto a solução deste problema. E hoje, mostramos a democracia da Câmara que se preocupa com a população e está sempre de portas abertas. A iniciativa do vereador Salata é louvável e junto com o Executivo tentaremos mudar a lei para sanar esta deficiência na cidade”, disse Guto. O líder do governo, vereador Salata, disse que “agora será mais fácil, com a legislação deixada pelos especialistas e com a discussão que tirou todas as dúvidas. Quem não veio, perdeu uma excelente oportunidade de aprender e se esclarecer um pouco mais”.

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