O poder radiofônico e a revolução de 1932 em São Paulo e no Sul

Administração - Quarta-feira, 06 de Julho de 2016


O poder radiofônico e a revolução de 1932 em São Paulo e no Sul
Em 1932 haviam poucas rádios em operação, mas em São Paulo haviam duas A Educadora Paulista e a Record. No Rio Grande do Sul, terra de Getúlio Vargas também haviam duas uma em Pelotas e outra em Porto Alegre: a Rádio Gaúcha. O movimento revolucionário colocaria em oposição esses quatro prefixos: os paulistas francamente contra o governo Getulista e as gaúchas completamente a favor. Pouca ou quase nenhuma experiência se tinha na época sobre o poder mobilizador do rádio e para o poder central a Record provocou um susto nas fileiras governistas catalisando todo o descontentamento paulista em uma guerra civil sem precedentes. Não foi possível quantificar e qualificar a influência do poder radiofônico mas sabe-se que ele foi enorme junto as massas paulistanas. Sobre a emissora gaúcha o poder desmistificador das informações das emissoras paulistas também houve significativa influência. Vozes da Revolução No caso da Record Cézar Ladeira que ficara com o horário nobre das irradiações, ele acabou sendo contratado pela Nacional do Rio de Janeiro, posteriormente. Os dois colegas de transmissões Renato Macedo e Nicolau Tuma também foram beneficiados pela propagação radiofônica de 1932. Conta Fausto Macedo, irmão de Renato que no carnaval seguinte, de 1933, no show de Chico Viola na Praça da República onde ficava a Record, ele cantou uma parodia de Foi Deus que te fez Formosa: Foi Deus que te Fez Paulista, paulista, paulista, porém este mundo te tornou Separatista, Separatista. Provocou enorme sururu na praça controlada por policiais getulistas.

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